
Atualmente, existem diversos tipos de cirurgia bariátrica em estudo, entretanto, são duas as técnicas com maior evidência científica de bons resultados e segurança: o Bypass e o Sleeve. Cada paciente se encaixa melhor em uma ou outra técnica e isso é definido no pré-operatório e, às vezes, no intra-operatório. Conheça as diferenças.
Bypass Gástrico

“By-pass” é um termo inglês que significa “desvio de direção ou caminho”. A cirurgia leva esse nome por se tratar de um desvio do trânsito intestinal comum, deixando uma boa parte do estômago sem receber o alimento.
Neste tipo de cirurgia, o estômago que originalmente tem uma capacidade de cerca de 2000ml, passa a ter uma capacidade de cerca de 50ml (cerca de 40 vezes menor). Esse pequeno estômago fica conectado diretamente ao intestino, em uma porção um pouco mais adiante para que diminua o tempo de contato do alimento com o organismo.
Em outras palavras, a técnica consiste em um verdadeiro atalho do alimento que entra no trato digestivo, passa rapidamente pelo pequeno estômago (pouch gástrico) e já cai diretamente no intestino.
Essa técnica é conhecida por ser restritiva (restringe o volume do estômago) e disabsortiva (reduz a absorção de calorias).
Essa opção é a que oferece melhores resultados metabólicos e é indicada para pacientes com diabetes, dislipidemia, ou outras doenças metabólicas. Essa técnica também é conhecida por diminuir incidência de refluxo gastroesofágico, uma vez que o alimento fica muito pouco tempo no novo estômago – assim, é a melhor opção também em casos de refluxo.
Sleeve

Em inglês, “sleeve” significa manga (de camisa). Não é por acaso que essa cirurgia também é conhecida por “gastroplastia em manga”. Ela consiste, basicamente, em grampear o estômago no sentido longitudinal reduzindo sua capacidade a aproximadamente 200ml.
Diferentemente do by-pass, essa técnica é puramente restritiva e não é feito nenhum desvio de trânsito. Uma boa parte do estômago é retirada permanentemente, enquanto no by-pass o estômago permanece com função de produção endócrina e de suco digestivo.
Esta técnica não é a melhor opção para pacientes com doença metabólica e não é recomendada para pacientes que tenham sintomas, sinais endoscópicos ou diagnóstico de doença de refluxo gastroesofágico.